Contribuição de Júlia Oliveira
O artigo de forma bem didática analisa os critérios de classificação ESG usados por agências de destaque como MSCI, Refinitiv, Sustainalytics e RobecoSAM e mostra que há uma falta de uniformidade na definição tanto das características ESG, quanto seus atributos e padrões na definição dos
componentes Environmental, Sustainability e Governance.
Os autores mostram que essa falta de definição leva a diferenças na classificação de uma mesma empresa, quando rankeada pelos diferentes ratings, e também que essas definições alternativas de ESG afetam investimentos sustentáveis, levando à identificação de diferentes universos
de investimento e, consequentemente, a criação de diferentes benchmarks.
O artigo mostra que é extremamente difícil medir a capacidade de um gestor de fundos se os desempenhos financeiros forem fortemente condicionados pelo benchmark ESG escolhido. Os autores constataram que a discordância nas pontuações fornecidas pelas agências de rating dispersa o efeito das
preferências dos investidores ESG sobre os preços dos ativos, a ponto de, mesmo quando há concordância, não ter impacto nos desempenhos financeiros.